sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

adoro carteiras com muitas bolsas e bolsinhas

nas quais posso guardar todas as minhas pequeninas papeladas...

... e jamais voltar a encontrá-las. damn it!!


domingo, 13 de novembro de 2011

a discussão impensável

- hoje faço eu o almoço.
- não, deixa estar, eu faço.
- a sério, quero fazer!
- mas já cozinhaste durante a semana... eu trato.
- deixa-me ser eu!!
- vamos discutir?

[nota: a alternativa era limpar a sanita.]


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

a menina que queria ser um copo

primeira aula (tantas outras) de alemão. 9 alunos, 10 nacionalidades. a (ainda) menina espanhola que, quando (mais) menina, quis ser polícia, depois engenheira, depois um copo e, finalmente, professora. (um copo porque, assim, nada tinha que fazer).

segunda aula. "eu amo-te" em 9 línguas. português, a mais doce.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

línguas

decidi-me a aprender alemão.

depois, espanhol.

e, mais tarde, russo.

sendo que, entretanto, pretendo melhorar o francês.

e é isso.

daqui a uns anos serei fluente em 4 das 10 línguas mais faladas no mundo e em 4 das 6 línguas oficiais da ONU.

vai ser fixe - toll - great - gran - грозный - formidable!


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

a uns dá-lhes para calçar uma peúga de cada cor...

... a mim deu-me (o sono) para vir trabalhar com uma camisola um pouco mais transparente do que pensava.

ups.

(tão gira essa palavra, "peúga". não acham?)


domingo, 24 de julho de 2011

tenho cortinas

de veludo, em tom azul-profundo. lindas, como as cortinas de um teatro, e igualmente pesadas e misteriosas.

e que diferente fica o meu quarto com elas! porque, se as cerrar, não mais tenho os limites do pátio-mundo lá fora. o meu quarto pode ser um espaço nómada, a cada espreitadela através da porta revelando um novo recanto, uma nova cidade.

através das minhas novas cortinas, que encerram todas as histórias.

[e ao jeito de quarto em castelo andante].


domingo, 12 de junho de 2011

"beginners", ou a comédia romântica reinventada

fui ver o "beginners" e ouso dizer que fiquei desapontada.

ouso porque o filme tem todos os ingredientes que tornam quase obrigatório amá-lo: aquela aura de cinema independente, conteúdo controverso, actores de renome, etc.

e o facto é que gostei bastante dos primeiros 30 minutos, nomeadamente da relação pai-filho recreada no ecrã e [especialmente] da relação entre Oliver e o seu adorável cãozinho.

a dada altura, porém, comecei a interrogar-me se o artificialismo da típica comédia-romântica-anos-90 em que "boy meets girl" em sucessivos cenários cor-de-rosa e acaba correndo atrás dela num qualquer aeroporto para impedir que ela apanhe o avião, não terá dado lugar à comédia-romântica-estilo-alternativo-e-obscuro.

ou seja: dois seres solitários, oriundos de famílias disfuncionais, conhecem-se em situação impossível e vão por aí fora juntos pintar graffitis, patinar em corredores de hotel e desafiar a convencionalidade em geral, de forma sempre muito "cool". e obscura, acabando por separar-se por razões de forma alguma concretas, mas antes relacionadas com as suas limitações emocionais. o desfecho virá, depois, quer em tonalidades de separação definitiva, quer num recomeço hesitante.

poderei ser eu que estou a tornar-me insensível ao tema, mas juro que não senti a magia. apenas o cliché...


quarta-feira, 8 de junho de 2011

tenho dúvidas em relação à tpm

não sei se me irrite com os gajos quando assumem que a avalanche de "qual é o sentido da vida/ porque é que compraste uma vuvuzela/ where is this relationship going (etc)" tem como origem única a tpm e não merece, portanto, resposta,

ou

se me irrite comigo própria porque reconheço que, de facto, as minhas emoções ficam desvairadas, nesses dias, sem motivo muito mais forte do que os motivos de sempre,

ou

se apenas me irrite, porque estou naquela altura do mês, e pronto.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

desisti das hortênsias

... quando li que são venenosas. mas ficou a ideia de um jardim azul-céu, azul-vivo, azul-sonho, eventualmente florescendo na janela da minha sala.


retomando

antes que os quadradinhos do excel engavetem as palavras que ainda fluem na minha aérea cabecinha, nesta sonolenta manhã pós-férias.

londres, ups and downs.

ups: os táxis sherlockholmianos, a eficiência e musicalidade do "underground", os melhores museus do mundo com entrada grátis a qualquer dia da semana, o sotaque britânico, a profusão de sabores e texturas dos vários mercados existentes, as livrarias que abrem até à meia-noite, a agitada vida nocturna, os adoráveis bairros residenciais com as suas casinhas coloridas de dois andares, as lojas alternativas, as pessoas alternativas, a variedade e a multiculturalidade.

downs: o céu cinzento (mais do que a chuva), o constante soar de sirenes (ambulâncias e afins), a hipersensibilidade dos alarmes de incêndio (uma torradita mais queimada e estamos tramados) e, essencialmente, a inesperada dificuldade em encontrar um bar/pub que passe rock e pop britânicos. go figure.


domingo, 15 de maio de 2011

o post de domingo

há qualquer coisa sobre os domingos que, volta e meia, gera neura. not sure what.

hoje é o céu, cinzento e pesado, aqui e ali abrindo-se em artérias estranhamente luminosas.

adequadíssimo, porém, a uma tarde de trabalho estratégico. sem tempo para neuras.


domingo, 27 de março de 2011

quem sabe não será o início de uma bela amizade

eu: "a tua amiga xx não vai lá muito com a minha cara e não entendo porquê."

ele: "é curioso, apenas há dias ela disse-me exactamente o mesmo sobre ti..."


quarta-feira, 23 de março de 2011

súbito alzheimer

cheguei com as compras do supermercado e estendi o dedinho para tocar à campaínha. ocorreu-me entretanto, num corolário desajeitado mas feliz de heisenberg, que não me é possível bater à porta e abri-la, ao mesmo tempo, quatro andares acima. a não ser que esteja num filme do david lynch. que não estou. [penso eu]